sábado, 29 de março de 2025

Hard Skills e Soft Skills

 


Você já parou para pensar no que diferencia um bom profissional de um ótimo profissional?

Na semana passada, enquanto elaborava um roteiro para um cliente sobre uma palestra intitulada "Como Trabalhar a Motivação e Inovação nos Profissionais da Área de Transporte Público no País", explorei temas fundamentais como ética, insegurança, violência, adaptabilidade, contextualização, tecnologias, saúde mental, resiliência, ansiedade, autoconhecimento e conscientização sobre a fragilidade no ambiente de trabalho.

Diante desse contexto, decidi incorporar dois conceitos essenciais: Hard Skills e Soft Skills. Você já ouviu falar sobre eles?

As Hard Skills são competências técnicas, tecnológicas e teóricas adquiridas ao longo da formação acadêmica e profissional, por meio de cursos técnicos, graduações e especializações. Essas habilidades são homologadas por instituições e comprovadas por diplomas ou certificados. Elas são, geralmente, aquelas que destacamos no currículo e nas redes sociais voltadas para networking. No entanto, ter esse conhecimento não nos torna automaticamente profissionais completos ou preparados para o mercado de trabalho, mesmo com anos de experiência. 

Já as Soft Skills são competências que influenciam diretamente nosso comportamento e interação com outras pessoas. Elas englobam habilidades socioemocionais e interpessoais, fundamentais para criar relações harmoniosas e produtivas no ambiente de trabalho e na vida. 

As Soft Skills são desenvolvidas ao longo da vida, a partir das experiências pessoais e profissionais. Algumas das principais incluem comunicação, trabalho em equipe, empatia, flexibilidade, liderança, gestão de tempo, capacidade de trabalhar sob pressão, negociação, colaboração, autogestão, produtividade, criatividade, responsabilidade, pensamento crítico e resiliência. 

Embora pareçam muitas competências, muitas delas são aplicadas no dia a dia sem que nos dêmos conta. A forma como lidamos com desafios e adversidades não apenas nos torna pessoas melhores e mais evoluídas, mas também profissionais mais proativos e preparados para enfrentar diferentes cenários, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. 

Um profissional que desenvolve tanto Hard Skills quanto Soft Skills está mais bem preparado para qualquer ambiente de trabalho. Ele se torna apto a lidar com diversas situações, sejam elas positivas ou desafiadoras, dentro e fora do meio corporativo. 

Agora que você conhece esses conceitos, como avalia suas próprias habilidades? Você se considera um profissional completo? Suas Hard e Soft Skills estão equilibradas, ou você sente que precisa aprimorar alguma delas? Independentemente da resposta, uma coisa é certa: o aprendizado nunca para. Sempre há uma oportunidade de adquirir novos conhecimentos e aperfeiçoar nossas habilidades. Afinal, crescer e evoluir é parte essencial da jornada profissional e pessoal. Concorda?   

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quinta-feira, 6 de março de 2025

Transtorno do Processamento Sensorial (TPS)


 

Transtorno do Processamento Sensorial (TPS): Quando o Mundo Parece Demais

Você já ouviu falar sobre o Transtorno do Processamento Sensorial (TPS)? Sabia que sons aparentemente simples, como o riso, podem desencadear crises intensas em algumas pessoas?

O TPS é uma condição neurológica que afeta a maneira como o cérebro recebe, interpreta e responde aos estímulos sensoriais do ambiente. Sons, luzes, cheiros, texturas e até mesmo toques podem ser percebidos de forma amplificada, distorcida ou avassaladora. Essa condição está frequentemente associada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) e ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas também pode ocorrer em pessoas neurotípicas, ou seja, sem nenhum diagnóstico específico.

Para quem vive com TPS, o mundo pode parecer um turbilhão de sensações. A percepção sensorial alterada afeta não apenas a relação com o ambiente, mas também a interação social. Indivíduos com TPS, especialmente autistas, podem se sentir inseguros e amedrontados em ambientes fora de sua rotina ou que não lhes transmitam conforto. 

Minha Pequena Autista 

Com minha filha, que é autista, aprendi a lidar com os desafios do TPS passo a passo. Começamos com os estímulos mais básicos: iluminação, texturas e odores. Ela ainda não é fã de certos cheiros, como margarina no fogo ou azeitona, mas hoje os tolera melhor. Em seguida, trabalhamos os sons. Para ela, ambientes barulhentos são um verdadeiro desafio, e o uso de abafadores de ruído se tornou essencial em nossa rotina. 

No entanto, o maior desafio tem sido a questão social. Aos poucos, a maturidade tem ajudado, mas ainda estamos no processo de aprender a navegar em situações que fogem do seu controle. E, entre todos os desafios, há um que ainda não conseguimos superar completamente: o som do riso.

O Riso: Um Som Torturante 

Sim, o riso. Para minha filha, o som de uma risada, mesmo que suave, é algo quase insuportável. Ela se irrita, cobre os ouvidos e, em alguns casos, entra em crises intensas de choro e ansiedade. Pesquisei bastante sobre o assunto, mas parece ser algo raro, já que não encontrei muitos relatos semelhantes.

Acredito que essa reação esteja relacionada à Misofonia, uma sensibilidade extrema a sons específicos. Para ela, o riso parece gerar uma confusão emocional. Como ainda não compreende plenamente o significado do riso, ele é interpretado como algo negativo, causando ansiedade e sobrecarga sensorial. 

Estratégias para Lidar com o TPS 

Enquanto trabalhamos para ajudá-la a entender e processar essas sensações, desenvolvemos técnicas para acalmar suas angústias. Combinamos que, sempre que sentir desconforto, ela deve pressionar as mãos uma contra a outra, na altura do peito, e fazer exercícios de respiração profunda (inspirar pelo nariz e expirar pela boca). Essas práticas ajudam a reduzir a ansiedade e a recuperar o controle emocional. 

Ainda não temos resultados definitivos, mas acredito que, com paciência e dedicação, ela conseguirá superar essas barreiras e alcançar uma autorregulação mais eficaz, essencial para sua autonomia e bem-estar. 

TPS Além do Autismo 

Embora o TPS seja frequentemente associado ao autismo e ao TDAH, ele também pode afetar outros grupos, como:

  • Bebês prematuros: Podem desenvolver dificuldades sensoriais ao longo da vida.
  • Pessoas com ansiedade ou Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT): Traumas podem desencadear hipersensibilidades a sons, toques ou luzes.
  • Indivíduos com distúrbios de desenvolvimento ou aprendizagem: Crianças com desafios motores ou cognitivos podem apresentar dificuldades no processamento sensorial.
  • Pessoas sem diagnóstico específico: Algumas simplesmente têm uma sensibilidade atípica, sem que isso se encaixe em uma condição clínica. 

Buscando Apoio e Soluções 

Se os sintomas do TPS causam sofrimento ou impactam a rotina, é fundamental buscar apoio. A Terapia Ocupacional com Integração Sensorial é uma das abordagens mais eficazes, mas também é possível trabalhar técnicas em casa, como eu, com o apoio de familiares e cuidadores. O importante é criar um ambiente seguro, onde a pessoa se sinta confortável para explorar e superar seus desafios sensoriais. 

Conclusão 

O TPS é uma condição complexa, mas com compreensão, paciência e estratégias adequadas, é possível transformar desafios em conquistas. Para minha filha, cada pequeno progresso é uma vitória. E, como mãe, sigo aprendendo e buscando formas de ajudá-la a navegar por um mundo que, às vezes, parece demais. 

Se você conhece alguém que enfrenta desafios semelhantes, compartilhe essa informação. Juntos, podemos promover um mundo mais inclusivo e sensível às necessidades de todos.

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Saúde Mental no Trabalho

 


Saúde Mental no Trabalho

Recentemente, mergulhei em estudos sobre Saúde Mental no Trabalho para embasar a criação de cursos voltados ao bem-estar no ambiente corporativo. No entanto, ao fazer uma retrospectiva dos meus últimos anos em duas grandes empresas, percebi que minha bagagem vai muito além do teórico: eu vivi, na pele, tudo o que uma empresa não deve fazer.

Passei por situações que nenhum colaborador deveria enfrentar: assédio moral, assédio sexual, pressão para trabalhar durante uma pandemia global, sabotagem da minha carreira por gerências despreparadas, fofocas e calúnias de "colegas" de trabalho e, por fim, fui descartada por ser mãe de uma criança autista. Foram anos de tortura emocional e psicológica, que deixaram marcas profundas.

Hoje, vejo que o tema Saúde Mental no Trabalho é amplamente discutido nas redes sociais por especialistas e até mesmo por grandes empresas que se dizem comprometidas com o bem-estar dos colaboradores. No entanto, na prática, a realidade é bem diferente. A maioria das empresas ainda trata o assunto como um mero discurso, sem ações concretas que promovam mudanças reais.

O resultado? Cresce exponencialmente o número de colaboradores com estresse crônico, desmotivação, depressão, síndrome de burnout e outros transtornos emocionais. Isso não só impacta a vida das pessoas, mas também gera alta rotatividade, queda de produtividade e um clima organizacional tóxico.

O problema é ainda mais grave em grandes corporações que insistem em preencher cargos de liderança por indicação, em vez de valorizar competência e preparo. O resultado são diretorias, gerências e coordenações fracas, que não sabem liderar, mas apenas mandar. Afinal, chefe qualquer um pode ser, mas líder é uma habilidade que exige empatia, inteligência emocional e visão humana.

É urgente que as empresas entendam: Saúde Mental no Trabalho não é um benefício, é uma obrigação. Investir em ambientes saudáveis, capacitar líderes, promover políticas de inclusão e combater práticas abusivas não só melhora a vida dos colaboradores, mas também fortalece os resultados da organização.

Precisamos falar sobre isso. Precisamos agir. Porque, no fim do dia, nenhum lucro justifica o sofrimento humano.

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