Saúde Mental no Trabalho
Recentemente, mergulhei em estudos sobre Saúde Mental no Trabalho para embasar a criação de cursos voltados ao bem-estar no ambiente corporativo. No entanto, ao fazer uma retrospectiva dos meus últimos anos em duas grandes empresas, percebi que minha bagagem vai muito além do teórico: eu vivi, na pele, tudo o que uma empresa não deve fazer.
Passei por situações que nenhum colaborador deveria enfrentar: assédio moral, assédio sexual, pressão para trabalhar durante uma pandemia global, sabotagem da minha carreira por gerências despreparadas, fofocas e calúnias de "colegas" de trabalho e, por fim, fui descartada por ser mãe de uma criança autista. Foram anos de tortura emocional e psicológica, que deixaram marcas profundas.
Hoje, vejo que o tema Saúde Mental no Trabalho é amplamente discutido nas redes sociais por especialistas e até mesmo por grandes empresas que se dizem comprometidas com o bem-estar dos colaboradores. No entanto, na prática, a realidade é bem diferente. A maioria das empresas ainda trata o assunto como um mero discurso, sem ações concretas que promovam mudanças reais.
O resultado? Cresce exponencialmente o número de colaboradores com estresse crônico, desmotivação, depressão, síndrome de burnout e outros transtornos emocionais. Isso não só impacta a vida das pessoas, mas também gera alta rotatividade, queda de produtividade e um clima organizacional tóxico.
O problema é ainda mais grave em grandes corporações que insistem em preencher cargos de liderança por indicação, em vez de valorizar competência e preparo. O resultado são diretorias, gerências e coordenações fracas, que não sabem liderar, mas apenas mandar. Afinal, chefe qualquer um pode ser, mas líder é uma habilidade que exige empatia, inteligência emocional e visão humana.
É urgente que as empresas entendam: Saúde Mental no Trabalho não é um benefício, é uma obrigação. Investir em ambientes saudáveis, capacitar líderes, promover políticas de inclusão e combater práticas abusivas não só melhora a vida dos colaboradores, mas também fortalece os resultados da organização.
Precisamos falar sobre isso. Precisamos agir. Porque, no fim do dia, nenhum lucro justifica o sofrimento humano.
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